quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mulheres da Moda

No ultimo sábado, faleceu, aos 93 anos, uma mulher muito importante para a moda brasileira, a italiana Gabriella Pascolato, mãe da Costanza Pascolato.
Talvez, para algumas pessoas, o nome da filha, consultora de moda, seja mais forte do que o da mãe.
Porém, é importante conhecer um pouco da história desta mulher, precursora do mercado da moda no país.
De familia aristocrática, do tipo que a filha, quando criança brincava com Juanito, que se tornaria Juan Carlos, rei da Espanha, com o fim da Segunda Guerra Mundial, viu sua vida e de toda familia sofrer grande reviravolta. Foram parar em um campo de refugiados na Suíça, e de lá escolheram vir para o Brasil.
Aqui, em 1948 fundou uma fábrica de tecidos, a Santa Constância (Santaconstancia), que até hoje é uma das tecelagens mais importantes do país.

Sua vida mereceu uma biografia, Gabriella Pascolato - Santa Constância e Outras Histórias, do jornalista Sergio Ribas, no qual ela colaborou ativamente, narrando sua trajetória.
Com certeza, é interessante descobrir certas coisas, como a amizade com Emilio Pucci e Salvatore Ferragamo.
Inclusive, assim que se estabeleceu no Brasil, ela foi representante do sapateiro italiano na América do Sul, com muito sucesso. Porém, quando foram estabelecidas leis restringindo a importação de produtos de luxo no país, ela teve a visão de que haveria muita demanda para tecidos nobres por aqui, na produção de vestidos e dos modelos inspirados nos grandes nomes internacionais. Assim, surgiu a tecelagem que ela criou e na qual sempre trabalhou.
Para quem gosta de moda, ou mesmo de conhecer a história de mulheres marcantes, vale a pena descobrir como uma italiana que nunca trabalhara, chega a um novo país e, com muita garra, cria uma empresa que se mantem até hoje, e muda o cenário da moda brasileira.
Ao lembrar a vida e o livro sobre Gabriella Pascolato, também lembrei de um livro sobre uma das mulheres mais influentes na moda, Coco Chanel.
Mademoiselle Coco Chanel - Summer 62.

O livro com fotografias do canadense Douglas Kirkland, texto e concepção de Karl Lagerfeld, não apresenta simples fotos de Coco Chanel, no verão de 1962.

São retratos exclusivos de quem a acompanhou, diariamente, em Paris, no atelie na rue Chambon, em sua suíte no Hotel Ritz, e no backstage dos desfiles.

Através das lentes do fotógrafo é possível desvendar um pouco de sua vida e trabalho.

Chanel é um ícone, envolta de grandiosidade, responsável por tantas coisas que até hoje são sinonimos de elegancia.

Por isso, é tão bonito vê-la cercada por seus colaboradores, discutindo os modelos, no momento de criação.

São muitos os livros, séries e filmes contando sua trajetória, mas, eu realmente admiro a intimidade desvendada por fotografias.
Acho tão bonito ela simplesmente sorrindo, com seus trajes completamente impecáveis e com sua beleza única, e tão diferente da beleza de Audrey Tautou, que a interpretou no não mais recente filme de Anne Fontaine, Coco Antes de Chanel.
Para quem curte filmes sobre ela, o mais recente, em exibição nos cinemas é Coco Chanel & Igor Stravinsky.

E termino com essa foto, na qual ela me parece tão pequenina e ansiosa diante do desfile que acontece lá embaixo... quem assistiu algum filme que retrate a fase em seu atelie, deve reconhecer a cena dela sentada no alto da escadaria acompanhando o desfile e a reação das pessoas a cada modelo apresentado.
Torna tudo tão real e deixa o mito um pouco de lado.
Um VIVA a Gabriella Pascolato e Coco Chanel!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Bolsa Estampada - Para Sair do Lugar Comum

Quando falo em bolsa estampada não estou me referindo a bolsa com monogramas grifados.
Eu me refiro a estampas como: flores, xadrez, bichos.
Antes de mais nada, a primeira bolsa estampada que vi e me chamou a atenção foi em um post Paixonites do dia! no Gavetinha de Luxo, blog da mais do que antenada Fá Nakashima.
Depois disso, eu comecei a prestar mais atenção em bolsas assim, pois fogem do lugar comum.
Todo mundo sabe que bolsas, assim como sapatos, são verdadeiras paixões.
Mas, parece que as vezes uma febre aflige a maioria das mulheres e todo mundo se apaixona pela mesma bolsa.
A atual queridinha é o modelo Alexa da Mulberry, e é dificil uma marca que não tenha feito a sua versão.
Mas, o que acontece quando todo mundo tem uma bolsa parecida, principalmente, em uns dos tons caramelos (como a do momento), para chamar de sua?
A mulherada se cansa, pois já não é preciso sonhar, ela está ali ao alcance do seu cartão de crédito (débito, cheque, crediário) e não parece mais algo tão novo.
E ai, coloca-se a bolsa para "bater" e a leva para caçar o novo modelo inspirador.
Eu me pergunto se a graça não está em caçar aquela bolsa e no prazer de comprar, ou pelo menos, saber onde comprar.
Bom, e o que as marcas fazem para despertar nosso desejo? Lançam uma versão diferente, que se destaca das demais.
Foi o que a Mulberry fez, e agora há as versões estampadas tanto da Alexa quanto dos outros modelos da marca.
Quanto tempo para você começar a ver ai pelas ruas? Nem que seja uma inspirada.
Então, agora é mirar nas estampas.
Notaram que o tom de roxo está predominando nas fotos acima?
Mas, tem bichismo na Mulberry também.
E parece que outras marcas também resolveram que é a hora da bolsa estampada.
Repare na coleção de Dolce & Gabbana, toda trabalhada no bichismo colorido.

As bolsas de Christian Louboutin não causam o mesmo frenesi que seus sapatos, mas ele também resolveu investir na bolsa estampada.
Quem é, ou gosta de se inspirar nas fashionistas, já deve saber que a concorrente do modelo Motorcycle, Balenciaga e da tal Alexa, com certeza, é o modelo Diego Bucket, a bolsa saco de Alexander Wang, que também tem sua versão estampada.
Você é mais clássica, ou gosta mesmo é de um monograma? A Louis Vuitton juntou o seu famoso LV com estampa de flores.
Ok, volta e meia Marc Jacobs convida um artista para reformular os modelos da marca, e até já saiu na revista Veja que os modelos "normais" da LV estão perdendo espaço para os modelos mais caros e exclusivos.
Agora, a bolsa que a Katie Holmes apareceu usando não é do tipo que eu vejo e digo: "é uma Louis Vuitton".
Não que eu seja uma especialista, mas esse é um modelo que foge do lugar comum, chama aviator, e advinhem? Ela é estampada.
A Prada, acho que cansada de tanto ser copiada (que atire a primeira pedra quem não passou na frente de um camelo vendendo uma bolsa de nylon preta com o logo da marca), também investiu nas estampas.
E tem para todo gosto, desde uma coisa "sim eu lembro um tecido chita", até bolsa na onda militar.
Mas, você bate o pé e diz "sou clássica", e não gosto de monograma.
Então, inpire-se nesta Valentino, que tem estampa que lembra uma renda.

Até a Miu Miu, na sua coleção Resort resolveu colocar estampas na bolsa.
E o que dizer da Burberry? Quem nunca viu uma das suas clássicas bolsas com estampa xadrez?
Pois bem, a marca resolveu inovar e pipocar a bolsa com estrelas.
Para quem não curte estampas de forma alguma, também existem versões que fogem do comum, com tecidos e materiais diferentes, como estes modelos da Chloé e da Chanel.
A carioquíssima Farm tem uma bolsa com bolinhas e gatinhos.
Mas, você não tem certeza que vai ver isso pelas ruas? Eu já vi no Karla's Closet, Easy Fashion e Glamurai, que são blogs que mostram street style.

Bom, com bichismo são mais comuns e você mesma já deve estar cansada de ver fotos.

Agora, se tem um modelo que eu sinceramente espero não ver muito por ai, é essa bolsa transparente da Prada. Não consigo gostar.
Mas, não precisa ser bolsa de marca conhecida para apostar estampas, o modelo que vem dobradinho e vira uma bolsa grande da Saky Sacks.
E eu não podia deixar de comentar, que essa mesma bolsa, com estampa Ikat, logo me faz lembrar da Sissi, do Commode, que neste post até ensinou como proncuniar o nome da estampa da Indonésia.